Entrevista exclusiva: Italo Ferreira fala sobre o final de temporada do CT


Número 4º do mundo acelera na reta final da temporada 2019 da WSL

4 títulos na principal divisão da WSL.
Campeão dos Jogos Mundiais em Myazaki, no Japão.
Na água… destemido, raçudo, agressivo e irreverente.
Nas entrevistas… serenidade de um veterano.
Acima de tudo, um cara que mesmo à distância transborda alegria.
Que sabe aproveitar bem os 25 anos, com o privilégio de fazer o que ama.
Assim, Ítalo Ferreira conquistou o mundo.
Combinando técnica e um sorriso contagiante.
Dono de um astral capaz de superar até os aéreos improváveis e gigantes distribuídos aos montes no circuito mundial.
Em 2019 foram 3 finais no CT, a última na semana passada na França.
Foi vice também na África do Sul e campeão na etapa de abertura, em Gold Coast, na Austrália. Resultados que sempre o deixaram entre os melhores do ranking.
E que o mantém na briga pelo título mundial da temporada.

O foco máximo agora é o ‘MEO Rip Curl Pro’, penúltimo evento no ano que acontece em Portugal, vencido por ele ano passado. Direto de Peniche, o potiguar de Baía Formosa já nas quarta de final falou sobre a briga pelo título da temporada segue aberta.

  1. O que você projeta e planeja para as duas últimas etapas?

Dar o meu melhor sempre, seja na briga pelo título ou não.


2. Você já fez duas finais e tem um título em Portugal? O que pode falar sobre esse evento e a onda de Supertubos?

Portugal é um dos meus países favoritos e a galera local nos recebe muito bem. As ondas são das melhores, tem de tudo em um lugar só. Supertubos é um beach break com muita qualidade e diversidade.

3. Além do mundial, tem também a corrida por uma vaga para os jogos olímpicos. Como encara essa batalha “nacional”?

O surfe é minha vida. Sempre que entrar na água vou procurar me divertir e dar o meu melhor. Quando fazemos com felicidade os resultados sempre vem.


4. Como foi competir em equipe no ISA Games do Japão, apesar da competição ser individual? Foi uma experiência diferente de defender o país?

Muito irado. Minha primeira vez no Japão então tudo pra mim era novo. Quando cheguei lá estava em um momento menos favorável, no qual o transformei em superação para sair com um bom resultado. É incrível representar o Brasil. Sempre seremos um país a ser batido, seja no surfe, skate ou futebol.

5. Conta mais sobre a conquista deste torneio. De subir no pódio e ouvir o hino. Sensação melhor do que nas vitórias na WSL?


A sensação sempre será de dever cumprido. Não existe melhor pódio pra mim, existem as melhores histórias a serem escritas em cada um deles.


6. Já são quase 5 anos na elite. Qual é sua onda preferida? E onde menos gosta de competir?

É difícil dizer qual o melhor qual o pior, o circuito é chamado de ‘Dream Tour’ por um motivo: todas as ondas são perfeitas e desafiadoras. Meus dois lugares preferidos são Brasil e Portugal, onde temos a língua portuguesa e culinária boa.

7. Como definiria o surfista Ítalo Ferreira em poucas palavras? Qual a principal virtude? E quais defeitos precisa corrigir?


Felicidade. Estou sempre a melhorar tudo, não sou perfeito.

8. Você acha que ídolos e pessoas famosas devem se pronunciar sobre assuntos polêmicos que não estão diretamente ligados ao que fazem? Política, religião, educação, meio ambiente, etc?

Cada pessoa sabe o melhor pra si. Tem pessoas que fazem, outras não. Mas sempre serão julgados por se posicionar.


9. Tem alguma superstição?


Não.

Por: Thiago Blum (Blog Tubos e Aéreos)

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