Quatro favoritas passam para as quartas de final do Oi Rio Pro 2016

As ondas baixaram um pouco na quarta-feira e a segunda fase masculina foi logo adiada para as 7h00 da quinta-feira na Praia de Grumari. Mas, as meninas competiram e quatro favoritas já conquistaram as primeiras vagas para as quartas de final do Oi Rio Pro apresentado por Corona no Rio de Janeiro. Uma delas é a defensora do título da etapa brasileira da World Surf League e atual líder do ranking, Courtney Conlogue, dos Estados Unidos. As outras foram as australianas Tyler Wright, Sally Fitzgibbons e a hexacampeã mundial Stephanie Gilmore, que derrotou a tricampeã Carissa Moore no último confronto do dia em Grumari.

A havaiana tinha barrado a brasileira Silvana Lima na segunda fase com a nota 8,5 da onda surfada no minuto final da bateria que era liderada pela cearense. E Carissa Moore quase consegue outra vitória no último minuto na primeira rodada classificatória para as quartas de final do Oi Rio Pro. Mas, a nota dessa vez saiu 6,17 e não foi suficiente para superar os 15,44 pontos de Stephanie Gilmore. A havaiana chegou a 15,17 e terá uma segunda chance de avançar para as quartas de final na quarta fase contra outra australiana, Bronte Macaulay.

“Eu competi na última bateria do dia tanto ontem como hoje (quarta-feira) e você acaba aprendendo muito assistindo a competição, o que fazer, o que não fazer, as mudanças nas condições do mar e o que vou fazer na minha vez de entrar na água”, disse Stephanie Gilmore. “Sem dúvidas, eu estava pronta pra competir. As ondas estavam difíceis, mas consegui colocar o meu plano em prática e deu tudo certo. Essa é a particularidade do nosso esporte. Você não está lutando somente contra as competidoras, mas contra você mesma, com o mar, o jogo mental, é um pouco de tudo. São tantos desafios e variáveis, então é importante sempre manter a positividade em tudo”.

A hexacampeã mundial conquistou a última vaga para as quartas de final e a primeira ficou com outra australiana, Sally Fitzgibbons, finalista da etapa brasileira da World Surf League quatro vezes nos últimos cinco anos. Ela só não disputou o título no Rio de Janeiro no ano passado, quando Courtney Conlogue festejou sua primeira vitória no Brasil, derrotando a sul-africana Bianca Buitendag. Fitzgibbons começou bem com nota 7,0 e liderou toda a bateria contra a também australiana Keely Andrew e a havaiana Tatiana Weston-Webb, que terão outra oportunidade de tentar a classificação para as quartas de final na quinta fase.

“Eu achei que essa bateria foi um grande desafio”, disse Sally Fitzgibbons. “Tinha que ficar lutando contra as condições do mar e contra duas oponentes muito fortes, o que limita as chances de cada uma. Tem também o nervosismo, que pode deixar você com as pernas moles na hora de surfar, mas em baterias com três atletas eu procuro surfar como num freesurf e não de maneira mais conservadora. Gosto de atacar mais e estou feliz por passar direto para as quartas de final”.

JEEP WSL LEADER – Na segunda bateria, a número 1 do Jeep WSL Leader, Courtney Conlogue, conseguiu tirar a maior nota – 7,83 – para superar a também norte-americana Sage Erickson por uma pequena diferença de 13,50 a 13,13 pontos, com a havaiana Malia Manuel ficando em último com 12,40. A atual campeã do Oi Rio Pro chegou a arriscar alguns aéreos na bateria, mas não conseguiu completar nenhum para aumentar a vantagem. No entanto, o importante era a classificação direta, que foi conquistada.

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“Essa condição (de mar) como a de hoje (quarta-feira), pode ficar muito difícil se você não conseguir pegar ondas boas, especialmente quando suas oponentes estão surfando bem também”, disse Courtney Conlogue. “O mais importante é escolher bem as ondas para pegar as melhores das séries. Eu tenho as minhas estratégias e gosto de me impor nas baterias, mas acho que ser consistente é crucial para atingir meus objetivos, que é ganhar campeonatos”.

A única surfista que pode tirar a lycra amarela do Jeep WSL Leader da norte-americana no Oi Rio Pro é Tyler Wright. E a disputa entre elas é fase a fase, ou seja, se a australiana avançar uma a mais, já assume a ponta do ranking no Rio de Janeiro. Wright fez a melhor apresentação da quarta-feira em Grumari, massacrando uma onda com muita força nas manobras para receber nota 9,17 dos juízes. Ela já havia ganho um 7,73 para totalizar 16,90 pontos, marca que só não superou os 17,66 conseguidos por Johanne Defay na segunda fase pela manhã. A francesa foi uma das adversárias de Tyler Wright nessa bateria e ficou em segundo lugar com 12,97 pontos, com a australiana Bronte Macaulay terminando em último com 11,23.

“Eu entro nas baterias muito concentrada no que eu preciso fazer, onde me posicionar e quando devo usar a minha prioridade (de escolha da próxima onda)”, contou Tyler Wright. “Eu tento sempre manter a calma e a mesma energia no mar, independente se está com 6 pés de gala ou não. A Mãe Natureza pode mandar as ondas e, mesmo assim, as vezes você não consegue pegar as melhores que entram numa bateria. Na minha cabeça, eu sei o que quero fazer nas baterias e tento só focar nisso”.

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