Resumo da Live: Marina Werneck fala sobre os planos do surf feminino em 2020

Pensando nesse período sem eventos, nós do Tudo pelo Surf, convidamos alguns surfistas para uma bate-papo. A convidada da vez foi Marina Werneck que vai falaou sobre o surf feminino!!!

Como está sendo esse período de quarentena? Pensando em novos projetos e quais os planos para o ano de 2020 para o surf feminino aqui no pais?

“Esse período está sendo uma quarentena estendida. Estou desde fevereiro com a minha filha Moana e agora estou aproveitando esse tempo em casa para me conectar mais com ela. Também esta sendo bem difícil ficar esse tempo todo sem surfar e poder treinar.

Os planos foram um pouco postergados em relação a eventos e ações em relação ao surf feminino. O mundo está “ON HOLD”. Entretanto, tenho alguns projetos bem legais que estão sendo desenvolvidos. Um deles é o campeonato virtual SeaFlowers que estou com ideia de relançar ele e já estou vendo novos formatos para engajar todo mundo. Pensando em cada vez mais o surf feminino ficar mais unido”.

Você realizou algumas etapas femininas no Brasil. O que achou da repercussão? E esse ano vai ser realizada mais algumas etapas?

“Foi um desafio muito grande realizar essas etapas e unir todos os recursos necessários para fazer o evento. Mas a gente conseguiu fazer duas etapas e a repercussão foi incrível com todas surfistas elogiando. Isso me motiva cada vez mais fazer essas etapas de nível internacional pro surf feminino”.

Como você vê essa nova geração feminina do Surf Brasileiro? Voce ve em breve mais nomes na elite do surf ?

“Eu acredito muito nessa nova geração do surf feminino. As meninas tem um talento incrível e muita garra diante de todas dificuldades elas tentam manter competindo em busca dos seus sonhos. Vejo vários nomes que podem estar no futuro competindo na elite do surf mundial: Julia Santos, Maju; Yanca Costa; Sophia; Taina; Julia Duarte, Bela, entre outras.

O que realmente vai fazer a diferença e novas marcas apoiando essas meninas desde o começo e as entidades se unirem para fazerem novos eventos para essa geração poder mostrar seu surf “.

O que acha do crescimento do surf feminino no mundo. Na WSL tivemos as premiações iguais. Nada mais justo?

“Eu já competi o circuito e posso ver que o nível de surf das meninas mudou absurdamente. O nível do CT esta cada vez mais alto e a galera valoriza cada vez mais o surf feminino. Já estava mais do que na hora essa igualdade de premiação entre homens e mulheres. Foi uma iniciativa tão marcante que foi o primeiro esporte a fazer isso e vai acabar levando isso para todos”.

E sobre as olimpíadas acredita que podemos dominar no masculino e feminino?

“Vai ser bem legal ver as Olimpíadas. Agora que foi adiada eu fico pensando se não pode mudar para a competição na piscina já que vai ter um tempo maior para terminar de construir no Japão. Na minha opinião acho a piscina se encaixa mais com o formato das Olimpíadas. Eu acho que os brazucas tem tudo para se destacar e dominar essa estreia do surf em Tóquio 2020”.

O que falta no Brasil pro surf femino “explodir” como o masculino?

“Como eu disse acho que falta mais as marcas investirem nos talentos desde o começo da carreira da surfistas desde a fase amadora. E também tem que dar aquele suporte não importa se vai ganhar dinheiro ou não. As meninas fazerem parte de uma grande marca faz uma grande diferença.

Outra coisa que faz a diferença é elas criaram um plano de carreira para seguir com pessoas nos orientando e bons profissionais do lado dessas surfistas acaba fazendo muita diferença. Por fim, devemos ter mais eventos no país para que essas meninas possam evoluir e competir cada vez mais”.

Por João Otávio Vieira

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