Britânico garimpa solução para os ataques de tubarões

De dezembro de 2014 a março de 2017, o governo do oeste australiano implementou o “Shark Cull” (abate de tubarões) depois de sete mortes humanas entre 2010 e 2013. Durante o abate, 72 linhas de tambor foram colocadas no oceano para enganchar os tubarões. O projeto custou 20 milhões de dólares australianos e gerou muita polêmica entre governo e civis que eram contra o abate. Foi este abate autorizado pelo governo australiano que deu o lampejo para o observador britânico Collin Brooker, de 56 anos, que decidiu vender todos os seus negócios em Cardiff, no Reino Unido, para apostar em uma solução viável de como manter seres humanos e tubarões em harmonia, sem prejudicar o ecossistema dos bichanos.

Depois de quatro anos de pesquisa e desenvolvimento, Brooker acredita que conseguiu encontrar uma solução a partir de um método inusitado. “Pensei que se nós pudéssemos criar um cheiro que o tubarão não goste, nós teríamos algo. E os tubarões geralmente não são canibais, então pensei que o cheiro de um tubarão podre poderia assustar outro”, conta Brooker.

Brooker ligou para a empresa farmacêutica CatSci, com sede em Cardiff, que começou a minerar quimicamente amostras de tubarão e mapear 60 componentes químicos possíveis responsáveis pelo cheiro desagradável de suas carcaças. Em seguida, ele reduziu isso a seis possíveis “repelentes”.

Apoiado pelo filho, Brooker recrutou mergulhadores para testar os repelentes nas águas infestadas de Fish Hook Bay, África do Sul. Os mergulhadores liberaram uma variedade de misturas diferentes e, na segunda das seis tentativas, nenhum tubarão foi visto por cinco minutos, sem afetar a vida marinha ao redor.

Agora, depois de investir 250 mil libras do seu próprio dinheiro, Brookers se diz pronto para lançar o produto em um futuro próximo.  Ele acredita que seu repelente está a apenas 18 meses de ser concluído.

Matéria: Wired

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