Crise política e econômica pode deixar Brasil sem etapa na WSL

Apesar de todo o histórico brasileiro recente na WSL – dois últimos campeões do mundo, dono dos títulos da divisão acesso, júnior e da Tríplice Coroa Havaiana, além de ter o melhor estreante da elite – podemos ficar sem etapa na próxima temporada do Circuito Mundial de Surfe.  A opinião é de Teco Padaratz, ícone do esporte no país nas últimas duas décadas e hoje membro de uma equipe responsável por organizar a etapa brasileira.

“O país passa por um momento que se reflete em todos os flancos. Não podemos negar isso. Não é só no Rio de Janeiro, é o Brasil como um todo. Tem uma galera que fica pensando em que estado será a próxima etapa, mas temos que nos preocupar se vai mesmo continuar no Brasil, se a WSL (Liga Mundial de Surfe) não vai levar para o Chile, Peru ou outro lugar”, revelou Padaratz em entrevista exclusiva ao site UOL Esportes.

Ele ainda diz que o principal problema seria a situação instável do país.

“Acho que eles estão considerando garantias, e, se o Brasil não conseguir passar essas garantias, por conta da situação econômica e política do país, eu não duvido que eles pensariam dessa forma, mesmo com o Brasil sendo tão importante comercialmente. O mais importante é que o evento role, que todo mundo pague a conta e que aconteça normalmente como se fosse em qualquer outro canto do planeta”.

 

O receio da organização, e da WSL, não é à toa. No ano passado, a etapa de Saquarema, uma das mais importantes da divisão de acesso do surfe mundial (WQS), acabou não sendo paga, deixando a entidade em saia justa. Na época, a justificativa da Associação Brasileira de Surfe (Abrasp), responsável pela disputa, é de que boa parte do dinheiro de patrocínio, que viria do Governo do Estado do Rio de Janeiro, não chegou. O resultado? Saquerema, um dos melhores picos de surfe no Brasil, ficou fora do calendário de 2016.

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