Finalistas nas Olimpíadas voltam a se enfrentar na abertura do Corona Fiji Pro

  • Tatiana e Caroline vão estrear na mesma bateria  
  • A brasileira foi vice-campeã na última vez em Fiji
  • Gabriel Medina tem duas vitórias em Cloudbreak
  • Esta etapa fecha os top-5 para o Lexus WSL Finals 

A World Surf League (WSL) volta a promover uma etapa do Championship Tour (CT) em Fiji depois de 7 anos, desta vez definindo o grupo dos top-5 e das top-5 que irão decidir os títulos mundiais de 2024 no Lexus WSL Finals, em Trestles, na Califórnia, Estados Unidos. As finalistas da Olimpíadas de Paris no Taiti, vão voltar a se enfrentar na abertura do Corona Fiji Pro apresentado por Bonsoy, que será realizado entre os dias 20 e 29 deste mês. A campeã mundial, Caroline Marks, ganhou a medalha de ouro em Teahupo´o e Tatiana Weston-Webb ficou com a prata. A norte-americana nunca competiu em Fiji, enquanto a brasileira foi vice-campeã no último CT que rolou nas esquerdas tubulares de Cloudbreak, na ilha de Tavarua, em 2017. 

Naquela final, Tatiana perdeu o título para a californiana Courtney Conlogue e já precisa igualar este resultado, para entrar no grupo das top-5, que vão decidir o último título mundial a ser disputado nas ondas de alta performance de Lower Trestles, no dia que apresentar as melhores condições no período de 6 a 14 de setembro na Califórnia. A World Surf League já anunciou que os campeões mundiais de 2025 serão definidos nos tubos de Cloudbreak, em Fiji. A canadense Erin Brooks será a adversária de Tatiana Weston-Webb e Caroline Marks, no terceiro confronto da primeira fase do Corona Fiji Pro.

As vencedoras das quatro baterias da rodada inicial, avançam direto para as quartas de final, mas as derrotadas terão uma segunda chance de classificação na repescagem. Enquanto Caroline Marks está com sua vaga no Lexus WSL Finals bem encaminhada, ocupando o segundo lugar no ranking liderado por Caitlin SimmersTatiana Weston-Webb já necessita repetir seu resultado de 2017 em Fiji, para ultrapassar os pontos da quinta colocada, Gabriela Bryan, do Havaí. Ou seja, terá que vencer um mínimo de três baterias nos tubos de Cloudbreak e ainda depender dos resultados das outras concorrentes.

Na competição masculina, Italo Ferreira foi escalado no primeiro confronto do Corona Fiji Pro apresentado por Bonsoy, com o marroquino Ramzi Boukhiam e o italiano Leonardo Fioravanti. Yago Dora será o segundo brasileiro a competir nos tubos de Cloudbreak, na sexta bateria contra o californiano Jake Marshall e o australiano Liam O´Brien. E o tricampeão mundial Gabriel Medina, vai fechar a primeira fase com o californiano Crosby Colapinto e o japonês Connor O´Leary. Quem estear com vitória, avança direto para as oitavas de final e os perdedores se enfrentam nos duelos homem da homem da repescagem.

O primeiro medalha de ouro da história do surfe nas Olimpíadas, Italo Ferreira, está se classificando em quarto lugar para o último Lexus WSL Finals em Trestles, onde o Brasil está invicto nos três títulos mundiais disputados desde a inauguração deste formato em 2021. Gabriel Medinaganhou o primeiro, entrando no seleto grupo de tricampeões mundiais. Filipe Toledo perdeu essa primeira decisão de melhor de três baterias, mas foi bicampeão em 2022 derrotando Italo Ferreira e em 2023. Medina Yago Dora estão na briga direta pelas últimas vagas nos top-5 que vão disputar o título de 2024. 

Yago ocupa a sexta posição no ranking, depois dos vice-campeonatos nas duas últimas etapas, em El Salvador e na final brasileira com Italo Ferreira no Vivo Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema, onde tentava o bicampeonato consecutivo. A batalha entre ele e o quinto colocado, Ethan Ewing, é praticamente fase a fase no Corona Fiji Pro. Para tirar o australiano dos top-5, Yago precisa ficar uma posição à frente dele. O primeiro desafio será contra o californiano Jake Marshall e o australiano Liam O´Brien.

RETROSPECTO EM FIJI – Yago Dora só competiu nos tubos de Cloudbreak no último CT realizado em Fiji em 2017 e não passou nenhuma bateria. Italo Ferreira começa a defender a quarta posição no ranking logo na abertura da competição masculina e participou da etapa de Fiji nos seus três primeiros anos na elite. O melhor resultado foi o quinto lugar nas quartas de final, em sua estreia em Cloudbreak em 2015. Italo já venceu duas etapas em palcos de esquerdas tubulares, em Pipeline quando ganhou o título mundial em 2019 e esse ano em Teahupo´o, então pode conseguir um bom resultado em Fiji, para se manter entre os top-5.

Quem também possui um ótimo retrospecto em tubos para a esquerda, como Cloudbreak, Pipeline e Teahupo´o, é o tricampeão mundial Gabriel Medina. Ele já fez três finais em Fiji. Foi vice-campeão contra Kelly Slater em 2012 e campeão nas outras duas, em 2014 derrotando o californiano Nat Young e em 2016 contra o australiano Matt Wilkinson. Medina está em oitavo lugar no ranking e precisa chegar nas quartas de final, para ultrapassar a pontuação atual do Ethan Ewing, ou seja, vencer duas baterias no mínimo. 

Com um maior número de participantes do que na categoria feminina, a vitória na primeira fase vale classificação direta para as oitavas de final do Corona Fiji Pro. Mas, os perdedores das oito baterias também terão uma segunda chance na repescagem, quando começam os duelos homem a homem eliminatórios. Depois do tricampeonato mundial em 2021, Gabriel Medina agora busca um quarto título que só dois surfistas conseguiram, o australiano Mark Richards no início do Circuito Mundial na década de 70 e o onze vezes campeão mundial Kelly Slater já na era do Championship Tour, inaugurado em 1992.

TRANSMISSÃO AO VIVO – Todas as etapas do World Surf League Championship Tour 2024 podem ser assistidas ao vivo no Sportv Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil. Neste ano, a transmissão em português pelos canais da World Surf League, pela primeira vez está sendo produzida no Brasil e também pelo WorldSurfLeague.com e pelo Aplicativo Canal da WSL no YouTube, pode ser acessada a transmissão em espanhol e em inglês.

PRIMEIRA FASE DO CORONA FIJI PRO:

CATEGORIA MASCULINA – 1.o=Oitavas de Final /  2.o e 3.o=Repescagem:
1.a: Italo Ferreira (BRA), Ramzi Boukhiam (MAR), Leonardo Fioravanti (ITA)
2.a: Jack Robinson (AUS), Ryan Callinan (AUS), Imaikalani deVault (HAV)
3.a: Griffin Colapinto (EUA), Barron Mamiya (HAV), Kelly Slater (EUA)
4.a: John John Florence (HAV), Kanoa Igarashi (JAP), Tevita Gukilau (FIJI)
5.a: Ethan Ewing (AUS), Cole Houshmand (EUA), Seth Moniz (HAV)
6.a: Yago Dora (BRA), Jake Marshall (EUA), Liam O´Brien (HAV)
7.a: Jordy Smith (AFR), Rio Waida (IDN), Matthew McGillivray (AFR)
8.a: Gabriel Medina (BRA), Crosby Colapinto (EUA), Connor O´Leary (JAP)

CATEGORIA FEMININA – 1.a=Quartas de Final /  2.a e 3.a=Repescagem:
1.a: Molly Picklum (AUS), Gabriela Bryan (HAV), Bettylou Sakura Johnson (HAV)
2.a: Caitlin Simmers (EUA), Sawyer Lindblad (EUA), Sierra Kerr (AUS)
3.a: Caroline Marks (EUA), Tatiana Weston-Webb (BRA), Erin Brooks (CAN)
4.a: Brisa Hennessy (CRC), Johanne Defay (FRA), Tyler Wright (AUS)

RANKING DA WORLD SURF LEAGUE – 8 etapas:

TOP-10 DA CATEGORIA MASCULINA:
1.o: John John Florence (HAV) – 46.210 pontos
2.o: Griffin Colapinto (EUA) – 36.600
3.o: Jack Robinson (AUS) – 34.045
4.o: Italo Ferreira (BRA) – 34.045
5.o: Ethan Ewing (AUS) – 31.995
6.o: Yago Dora (BRA) – 31.635
7.o: Jordy Smith (AFR) – 31.055
8.o: Gabriel Medina (BRA) – 28.980
9.o: Crosby Colapinto (EUA) – 25.440
10.o: Rio Waida (IDN) – 24.375

TOP-10 DA CATEGORIA FEMININA:
1.a: Caitlin Simmers (EUA) – 48.185 pontos
2.a: Caroline Marks (EUA) – 42.490
3.a: Brisa Hennessy (CRC) – 41.630
4.a: Molly Picklum (AUS) – 39.390
5.a: Gabriela Bryan (HAV) – 38.595
6.a: Johanne Defay (FRA) – 37.255
7.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) – 35.100
8.a: Sawyer Lindblad (EUA) – 32.920
9.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 32.545
10.a: Tyler Wright (AUS) – 27.505

Deixe uma resposta