Ataques de tubarão assustam surfistas da WSL
Depois de um ataque de tubarão próximo a Gracetown levar a WSL a paralisar a repescagem feminina em Margaret River, outro incidente assustou os surfistas no oeste australiano. Os brasileiros Gabriel Medina e Italo Ferreira publicaram em suas mídias sociais críticas a WSL por realizar eventos em lugares de alto risco devido a presença constante de tubarões.
“Hoje tiveram dois ataques de tubarão numa praia próxima a que estamos competindo. Eu não me sinto seguro treinando e competindo nesse tipo de lugar, qualquer hora pode acontecer alguma coisa com um de nós. Espero que não. Deixando minha opnião antes que seja tarde!”, escreveu Gabriel Medina.
“Dois ataques de tubarão em menos de 24h aqui na Austrália, detalhe, apenas alguns Km de onde está sendo realizado o evento. Muito perigoso não acham? E, mesmo assim, continuam insistindo em fazer etapas onde o risco de ter esse tipo de acidente é 90% aí eu pergunto: a segurança dos atletas não é prioridade? Já tivemos vários alertas. Fica o questionamento: dinheiro e o entretenimento de uma ‘VISITA’ inusitada de um tubarão valem mais que uma vida? Espero que isso não aconteça com nenhum de nós. Eu não me sinto confortável treinando e competindo em lugares assim!”, publicou Ítalo Ferreira, atual líder do CT.
O argentino que vive em Margaret River, Alejandro Travaglini, de 37 anos, foi mordido nas pernas e levado para um hospital de helicóptero. O surfista passou por uma cirurgia e seu estado é estável. O outro atacado foi um dinamarquês de 41 anos que sofreu um corte profundo na coxa. Apesar do ferimento ele passa bem.
Uma carcaça de baleia avistada pela manhã em uma praia da região pode ser parte da explicação para os ataques no mesmo dia.
Além da ameaça à segurança dos surfistas, os ataques podem ter um impacto negativo para as empresas de turismo da região, que são alguns dos principais apoiadores dos eventos da WSL.