Medina vai usar proteção no joelho e admite medo de tubarões em Margaret River

Hoje os olhos do mundo estarão voltados para a etapa de Margaret River. Primeiro brasileiro campeão do mundo e atual top 3 do ranking, Gabriel Medina, aos poucos, volta à forma ideal e surge como um dos favoritos no oeste australiano, mesmo sem estar 100% recuperado de uma incômoda lesão no joelho direito. Medina admite o medo em uma região conhecida pela presença de tubarões brancos, cita ataques em praias próximas, mas afasta o perigo do pensamento e confia nas medidas da WSL visando a proteção dos surfistas.

“Eu sei de toda a estrutura que a WSL tem, com cinco jet skis, fora tudo o mais… Mas sim, não tem como não pensar. É uma praia com muitos tubarões. Tem ataques nas praias do lado. Acho que ninguém se sente seguro na água. É um lugar muito temido, conhecido por ter tubarões. Sempre aparecem. Dá medo, mas é algo que não se pode pensar. Senão, não se consegue surfar. Espero que a proteção dê certo (em relação às medidas implementadas pela WSL para a segurança dos atletas contra tubarões, como o uso de cinco jet skis na água), que não aconteça nada de errado nesse evento. Não vai acontecer. Agora, vamos pra cima, vai começar”, afirmou.

No ano passado, surfistas como Caio Ibelli, Wiggolly Dantas, Kanoa Igarashi e Alessa Quizon saíram da água em uma sessão de “free surf” ao notarem a presença de um tubarão no line-up da competição. A WSL implementou uma série de medidas em prol da segurança dos atletas, no intuito de evitar um episódio como o de Mick Fanning em J-Bay.

Main Break, The Box, North Point?

Os organizadores da etapa tem à sua disposição picos como Main Break e The Box, mas cogitam a primeira fase em North Point, uma direita que quebra sobre um fundo de corais a 16 quilômetros ao norte de Margaret River.

“Pode rolar em Main Break, no palanque principal de Margaret, é uma onda que a gente está acostumado a surfar, teve um ano em The Box. The Box é uma onda mais difícil, favorece os caras que surfam de frente para ela. Então, é mais difícil de surfar de backside (de costas para onda. Por ser goofy, surfa com o pé direito na frente da prancha), é uma desvantagem, mas tem que ir como a banca toca, né, a gente não pode escolher. Se o diretor de prova falar que vai ser tanto em um como em outro, a gente vai encarar e estar preparado”, finalizou.

A previsão é boa para os primeiros dias, com ondas grandes e a possibilidade de início em North Point na noite desta terça-feira (manhã na Austrália). A chamada para avaliar as condições do mar será às 20h (de Brasília). A janela do campeonato vai até o dia 9 de abril.

Confira as baterias da 1ª fase em Margaret River:

1 – Kelly Slater (EUA), Mick Fanning (AUS) e Leo Fioravanti (ITA)
2 – Kolohe Andino (EUA), Stuart Kennedy (AUS) e Ezekiel Lau (HAV)
3 – Matt Wilkinson (AUS), Miguel Pupo (BRA) e Jack Freestone (AUS)
4 – Jordy Smith (AFS), Kanoa Igarashi (EUA) e Nat Young (EUA)
5 – Gabriel Medina (BRA), Wiggolly Dantas (BRA) e Jessé Mendes (BRA)
6 – John John Florence (HAV), Frederico Morais (POR) e convidado
7 – Owen Wright (AUS), Connor O’Leary (AUS) e Ian Gouveia (BRA)
8 – Joel Parkinson (AUS), Caio Ibelli (BRA) e Jadson André (BRA)
9 – Adriano de Souza (BRA), Adrian Buchan (AUS) e Jeremy Flores (FRA)
10 – Michel Bourez (TAI), Conner Coffin (AUS) e Joan Duru (FRA)
11 – Julian Wilson (AUS), Josh Kerr (AUS) e Bede Durbidge (AUS)
12 – Filipe Toledo (BRA), Sebastian Zietz (HAV) e Ethan Ewing (AUS)

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