Notas 10, mar grande e garotada não se intimidando no Hang Loose Surf Attack

O mar subiu, ficou mais desafiador, mas não intimidou a garotada neste sábado (26), na sequência da 3ª etapa do Nossolar apresenta Hang Loose Surf Attack 2017, na Praia Grande, em Ubatuba. Prova disso, foram as três notas dez, todas unânimes, de Luiz Mendes, de Santa Catarina, na iniciante (sub14), Roberto Alves, de Santos, na estreante (sub12) e Eduardo Motta, de Guarujá, na júnior (sub18).

Motta, inclusive, foi um dos grandes destaques do dia, ao avançar para duas semifinais, na júnior e na mirim (sub16), mostrando estar totalmente recuperado da fratura no ombro, que quase o tirou do Mundial Júnior, que será disputado em setembro, no Japão. “Fiquei feliz com essa nota e agora quero brigar pelas vitórias e me recuperar na classificação”, disse o surfista de 15 anos, que já foi campeão da petit até a mirim no Hang Loose Surf Attack.

Quem também chegou nas duas semifinais foi o catarinense Guilherme Marques. A competição termina neste domingo (27), com as disputas a partir das 8 horas e as cinco finais entre 12h30 e 14h e todas as baterias transmitidas ao vivo pelo link hangloose.com.br/surfattack2017.

O sábado foi repleto de high scores e, além das notas dez, vários surfistas passaram dos nove pontos, aproveitando as ondas de mais de 1 metro. A melhor performance foi de Robertinho Alves, que além do dez, somou uma nota 8,85, para completar 18,85 pontos de 20 possíveis.

“Eu nem ia naquela onda. O menino estava com a prioridade e deixou. Puxou o bico. Mandei a primeira, na segunda fiquei com muito medo, mas fui. Pensava que ia ser um 8,5”, confessou. “O mar está irado”, complementou o atleta de 12 anos.

Luiz Mendes também fez bonito. O atual líder do CBSurf Tour na sub14, com duas vitórias, é de Barra do Sul, mas sempre compete no Paulista. Neste sábado, mostrou estar muito bem sintonizado com o mar. Além do dez, tirou um 9,65 na mirim. “Dei uma rasgada, emendei outra e dei uma na junção. Desapareci e voltei. Foi bem difícil. Tem altas ondas e gosto de mar grande”, falou o surfista de 14 anos.

O paranaense Kainan Meira é outro nome que se destaca nas ondas paulistas. Começou com um 9,5, para alcançar 17,50 pontos, e na última bateria do dia, um 9,25. Kauê Germano, de São Sebastião, garantiu um 9,10 na júnior, e Gustavo Giovanardi, de Praia Grande, um 9, na iniciante.

CAÇULAS

Também merecem atenção Fernando John John e Caio Costa, de São Sebastião, e o catarinense Wallace Vasco, todos com 15 pontos, atrás somente de Eduardo Motta, com 16,20. Na petit (sub10), Daniel Duarte, de Bertioga, teve a melhor apresentação, com 16,35 pontos.

A categoria, inclusive, foi uma atração a parte, com a participação dos caçulas, a maioria entrando no mar com pais ou técnicos para maior segurança. O mais novo, Kaipo Tomazzi, de Caraguatatuba, tem apenas quatro anos e competiu junto com a mãe, Bárbara. “Ele tem a força do querer. Sempre vai entrando no mar. Começou a surfar ano passado na escolinha do Luciano Brullher”, contou a mãe.

Hizunomê Bettero, hoje no QS e este ano ganhou etapa na Califórnia, já competiu muitos anos no Hang Loose, e voltou ao campeonato, agora para acompanhar e incentivar seu filho, Horion, de nove. “Sempre que estou com ele, surfamos juntos. Muito bom ver ele pegando gosto pelo surf. Fico orgulhoso de ver, querendo competir tão novo, pois comecei um pouco mais tarde”, destacou Hizu.

Fora do mar, a animação foi total, tanto com as torcidas das equipes, quanto nas brincadeiras realizadas pela Hang Loose, como cabo de guerra, futebol, pebolim e ping pong, além da distribuição de brindes e a pintura de pranchas, com Jefferson Guedes, o Jeffinho.

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