Campeã sul-americana, Nathalie Martins quer o inédito título brasileiro

Na edição inicial, em 2015, ela perdeu na estreia. No ano passado, foi a quinta colocada, parando na semifinal. Agora, a paranaense Nathalie Martins retorna a Ubatuba, querendo o título brasileiro profissional feminino. A atual campeã sul-americana da WSL quer ampliar sua lista de conquistas e aparece como um dos destaques no Wiggolly Dantas apresenta Brasileiro de Surf Feminino, nos dias 22 a 24, na Praia de Itamambuca.

Pelo terceiro ano, o evento exclusivo para mulheres definirá a campeã da Abrasp, numa iniciativa do top do WCT, que tem como uma de suas inspirações a sua irmã, Suelen Naraísa, bicampeã nacional. Para Nathalie, o campeonato pode ser o reinício de uma sequência boa de resultados. “Depois do título sul-americano, tive uma fase bem complicada, pois me lesionei e não pude usufruir muito do que a conquista proporciona”, revelou.

Ela lembra que recebeu o convite para disputar a triagem do WCT em Saquarema e estava quatro meses sem surfar. “Mas mesmo assim tinha de tentar, né?”, argumentou Nathalie que também tinha o direito de disputar os eventos QS 6000 até a metade do ano. “Mas minha lesão não permitiu”, contou. “Estou bem animada para este evento. É um sonho que eu tenho desde o começo”, anunciou.

“Eu tive um péssimo e um bom resultado nas duas edições. Isso quer dizer que tudo pode acontecer (risos)”, acrescentou Nathalie, lembrando ter história em Itamambuca. “Aquela onda me desafia. É muito boa, mas difícil de se posicionar. Tenho ótimas recordações de lá. Foi onde disputei meu primeiro brasileiro profissional, em 2007, quando também fiquei em quinto. Perdi para a Tita Tavares, em uma bateria muito disputada”, recordou.

 

Em seu caso específico, o Brasileiro em Ubatuba é um divisor de águas em sua trajetória. “Em 2015, eu estava no Mundo da Lua. Do ano passado para cá, eu estou focada, treinando, disputando baterias. Ritmo de competição faz muita diferença. Então, acho que está tudo certo. Tenho minhas chances. Se minhas escolhas e estratégias derem certo, posso entrar na briga, mas sei que o caminho é longo. Tem muita menina boa na disputa”, falou.

Recuperada, a surfista de 27 anos segue com os planos de continuar a competir no QS, mas sofre com a falta de apoio financeiro para viajar. “Tenho alguns patrocinadores, meu shaper Mateus Camargo, Momentum Surf Brasil e Supermercado Pontalão, que me dão toda a ajuda possível e me apoiam em cada decisão, mas os eventos são muito caros, infelizmente, e o planejamento tem de ser reduzido às vezes”, explicou.

 

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